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Terapeuta, conheça 5 mitos (absurdos) que te ensinaram sobre pessoas adictas

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Eu separei aqui 5 mitos (absurdos) sobre pessoas que estão passando por uma fase de adicção, que talvez estejam te impedindo de abrir as portas do seu consultório para esse público.

Ao longo de mais de um século nós fomos treinados a ver pessoas adictas como pessoas ruins do qual nós deveríamos nos afastar, com isso, esquecemos que o adicto é apenas uma pessoa incrível que como todos nós tem problemas, desejos e sonhos.

Busque a visão de longo alcance!

Primeiro“O adicto é violento”. Todos os dias, a TV, o rádio, os jornais, as novelas e etc. criam em nossas mentes uma imagem do adicto como um indivíduo violento vivendo na cracolândia, essa visão além de preconceituosa é falsa.

A verdade é que não nos damos conta de quantas pessoas legais que amamos muitas vezes são adictas, são artistas, amigos próximos, pessoas em nossa família. A maioria das pessoas em adicção são gentis e amáveis, enquanto em meio aos que nunca experimentaram nenhuma substância psicotrópica tem muitas pessoas agressivas, como pode ver, são coisas diferentes.

O segundo maior mito é que “o adicto é carente financeiramente”, logo você não quer atender esse público porque ele não pode pagar pelo tratamento, certo? Errado. Esse é mais um estereótipo que nos é imposto, pense comigo, quais as classes sociais que mais movimentam o mercado (e consumo) dessas substâncias?

Se como diz o ditado, “as drogas são vendidas no morro e consumidas no asfalto”, é obvio que o maior número de pessoas dependentes também está nas famílias que tem sim recursos para custear o processo de ajuda, muitas dessas pessoas, são empresários, artistas famosos, políticos e etc.

Se você atender as pessoas que podem pagar muito bem pelo tratamento, terá até mesmo condições de ajudar quem talvez não tenha tantos recursos. Você só precisa fazer a “roda” do cuidado e da ajuda começar a girar. Vai ser mágico eu garanto.

O terceiro mito, e um dos mais enraizados em nossa cultura é o de que “só funciona se internar”, na verdade é o contrário, funciona melhor sem internação e eu vou te explicar porque. Pense comigo, se as drogas estão lá fora e o adicto mais cedo ou mais tarde vai ter que passar por elas, não é muito mais seguro para o cliente e para o terapeuta que os fatores que levam ao consumo sejam ressignificados e testados em tempo real, in loco? Assim o processo se torna fluido e não exige a cessação abrupta do consumo ativando o poder da desaceleração, afinal, “não se para um carro a 300Km/h puxando o freio de mão, certo? “

Esse é um dos pilares do Método Insight, ressignificar os fatores de consumo que são as causas inconscientes para o consumo, ao invés de tratar apenas os sintomas.

Quarto mito; “O adicto tem que querer se tratar”. A pergunta é, será que ele está em condições mentais e emocionais de tomar essa decisão sozinho? Geralmente dizer que o paciente precisa “querer” se tratar é a desculpa que os profissionais incompetentes usam para justificar o fato de que não querem ou não sabem ajudar.

O fato é que na maioria das vezes o que o adicto não quer é parar sua vida para ficar confinado, não quer ficar longe das pessoas que lhe fazem se sentir seguro, não quer ser exposto com o fato de ter sido enviado para uma instituição de ajuda entre outras coisas.

Com as ferramentas certas você pode criar modelos de atendimento tão customizados que irão sanar todas essas objeções ajudando a conquistar a adesão do paciente e transformando-o em um aliado do processo terapêutico.

O quinto mito é; “Alguns casos não tem mais jeito”. Esse também é muito comum, principalmente em casos onde já ocorreram diversas internações frustradas e sucessivas recaídas. Agora eu te digo, o que é difícil ou fácil em nossas mentes se lá tudo é subjetivo? 

Já pensou nisso? Em nossa mente não existe grande ou pequeno, perto ou longe, fácil ou difícil, tudo que a mente faz ela também desfaz.

Agora vá e conte ao mundo!

Como eu costumo dizer; “Não existe nenhuma razão orgânica ou psicológica para que o adicto não tenha êxito, todos os casos são perfeitamente tratáveis”.

E você, acreditava em algum desses mitos? Conhece algum que eu não citei? Quais mitos você acha que faltaram nessa lista? Conte pra gente nos comentários e obrigado por ler!

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Por Israel Costa

Hipnólogo clínico, formado em gestão de processos, estudou economia e é palestrante em diversos temas. É também o desenvolvedor do “Método Insight – Psicoterapia em Casos Extremos” e de modelos de abordagem em casos de AVC e epilepsia.

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